terça-feira, 12 de novembro de 2013

Joeano: «Ainda custa acreditar»

Anseia pelo regresso após vários meses no desemprego

Sem jogar desde 12 de maio, data do seu último encontro ao serviço Arouca, Joeano mal pode esperar por concretizar o seu regresso aos relvados portugueses com a camisola do Rio Ave. Depois de recusar propostas de vários clubes, entre os quais o Paços de Ferreira e, mais recentemente, a Académica, o veterano de 34 anos não teve dúvidas em aceitar o convite dos vila-condenses. “Houve uma sintonia muito boa. Falámos a mesma música”, foi a metáfora de Joeano sobre as negociações.
O acordo está praticamente selado e o goleador até já assistiu da bancada ao triunfo sobre o Sertanense, para a Taça de Portugal. Só falta mesmo colocar a assinatura no papel, algo que deve acontecer durante o dia de hoje. “Qualquer jogador na minha situação fica ansioso, até nervoso. Estive muito tempo parado, a ficha ainda não caiu. Por vezes ainda custa acreditar que estou mesmo de volta à competição”, expressou o ponta de lança brasileiro.
No domingo, Joeano viu “uma excelente equipa, que pode e vai chegar longe”. Os treinos que cumpriu junto da sua nova equipa, ao longo da semana passada, também contribuíram para uma primeira impressão deveras positiva. “Com todo o respeito pelos adversários, tenho a certeza de que o Rio Ave tem cartas para jogar neste campeonato”, garantiu, após ter sido bem acolhido pelo grupo. “Dificilmente haverá na 1.ª Liga um balneário com melhor ambiente”, constatou.

Camisola 37

Devoto e supersticioso, Joeano escolheu com muito cuidado o número que vai envergar na sua nova camisola. “O meu objetivo é jogar até aos 40 anos e gostaria de usar esse número. Mas como já estava ocupado, escolhi o 37”, contou, justificando de pronto:“O 3 é o número da santíssima trindade e o 7 é o número da perfeição.”
Considerando que Nuno Espírito Santo “é um treinador com provas dadas” no seu primeiro ano em Vila do Conde, Joeano mostrou-se “sensibilizado” pelo interesse demonstrado na sua aquisição. Perante uma proposta “indigna” para continuar em Arouca e gorada a possibilidade de se mudar para o estrangeiro, onde apontava a “outros horizontes” mais elevados, acabou por cair inesperadamente no desemprego até o Rio Ave lhe acenar com um contrato. “Se eu dissesse que não fiquei surpreendido, estaria a mentir”, atestou o atacante, determinado em “retribuir com profissionalismo” o reconhecimento do seu novo clube.

PONTO DA SITUAÇÃO

As dificuldades sentidas pelo Rio Ave para encontrar o caminho das balizas adversárias levaram o clube a procurar uma solução no mercado para resolver o problema
O apertar da concorrência parece ter tido efeitos práticos em Hassan, que voltou aos golos (só tinha um nesta época) logo após o anúncio da contratação de Joeano
Ao brasileiro e ao egípcio somam-se ainda Del Valle (habitual segunda opção), Sandro Lima (raramente utilizado) e Ronny (lesionado);elementos a mais para uma só vaga

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