skip to main |
skip to sidebar
Portugal-Espanha, 0-0, 2-4 g.p. (os portugueses, um a um
João Moutinho, gigante até ao último pontapéPor Pedro Jorge da Cunha
, enviado-especial ao Euro2012
A FIGURA: João Moutinho
Baixinho monstruoso, brilhante.
Inacreditável o número e a qualidade de bolas recuperadas.
Soberbo no passe, na atitude, na devoção a esta
causa. Física e tecnicamente inesgotável, fonte de resolução de
problemas,
médio de eméritas virtudes. Jogo absolutamente
fantástico! Não merecia ter falhado o penálti.
A DESILUSÃO: Nani
Pormenores
ao alcance apenas de um predestinado. A forma
como se liberta da marcação em habilidade e arranca antes de ser parado
em falta,
a meio do primeiro tempo, é incrível. Mesmo
assim, terá sido o jogador que menos rendeu em face do esperado.
Rui
Patrício
Defesa providencial no prolongamento, olhos nos olhos com Iniesta. Mais tranquilo, mais seguro, mais guarda-redes.
A não ser, claro, a jogar com os pés. Bem a sair aos cruzamentos e a comunicar com a defesa.
João Pereira
Uma
hesitação em zona proibida, ainda na primeira
parte, ia estragando tudo. Iniesta pela frente, muita coragem, espaço
concedido
aqui e ali, mas a certeza de ter ido com tudo
para esta batalha duríssima.
Bruno Alves
Negredo
completamente
anulado, agressividade exposta até ao máximo
limite legal, colaboração telepática com Pepe. Menos bem somente no
passe longo,
algo que até faz bem por norma.
Pepe
É
melhor defesa centra do Euro2012. Ponto final parágrafo. Incapaz
de jogar a um ritmo baixo, incapaz de não ser
intenso. Milagroso em determinadas alturas, eficaz sempre.
Fábio
Coentrão
O primeiro a pegar na bola, a afrontar a barreira espanhol, a combinar com Ronaldo e a arriscar. Ofensivamente
soberbo, defensivamente quase sempre bem. David Silva, intermitente, facilitou-lhe a vida.
Miguel Veloso
Caso
paradigmático da evolução de Portugal no Euro. O
jogador distante, desprendido e desconcentrado deu lugar a uma máquina
fiável
de competição. Ótimo na pressão, certinho com a
bola nos pés. Um reparo: passe errado em zona proibida aos 67 minutos.
Raul
Meireles
O menos exuberante do meio-campo. Menos ativo na recuperação de bola, a jogar simples e de primeira quando
em posse. Importante a preencher o centro-esquerda e a compensar Ronaldo.
Cristiano Ronaldo
Temido
pelos
espanhóis, natural e acertadamente. Claramente
vencedor no duelo quase fraterno com Arbeloa, poderoso como sempre. Tão
perto
do golo na primeira parte, com um pontapé
rasteiro, imprevisível no mais elementar dos processos. Só lhe faltou
acertar com
os livres. E teve vários. Pena.
Hugo Almeida
Tarefa
ingrata, é certo, na luta solitária entre Piqué e
Sergio Ramos. Ingrata, mas também desaproveitada
naqueles momentos em que um simples passe pode ser decisivo. Atitude
nobre,
rendimento interessante. Muito útil a defender
as bolas paradas e bom pontapé aos 56 minutos.
Nélson Oliveira
Precipitado
numa ou noutra decisão, incapaz de entrar
verdadeiramente no jogo. Está a amadurecer e a amadurecer num ambiente
propício.
Que o aproveite e que o aproveitemos a ele.
Custódio
Frescura para a posição seis nos últimos 15 minutos
de prolongamento. Não era fácil entrar melhor nessa fase da partida.
Varela
Pouco tempo. Um lance perdido
sem necessidade na direita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário