LIGA ORANGINA
Belenenses 1-0 FC Arouca
No regresso ao Estádio do Restelo, o FC Arouca não conseguiu o resultado positivo (1-1) que aí alcançara há cerca de um mês para a Taça da Liga
3.ª jornada - 26 de Setembro 2010
Jogo no Estádio do Restelo, em Lisboa.
Árbitro - Rui Silva, auxiliado por Bruno Trindade e Paulo Soares (AF Vila Real)
Belenenses - Semmeler (Adolfo, 73'); Barge, Baggio, Célio e Tiago Gomes; Celestino e Balu; Miguel Rosa (André Almeida, 67'), Elton e Calé; Purovic (Lima, 86').
Treinador- Rui Gregório
FC Arouca - Pedro Soares; Steven, William, Filipe Babo e Paulinho (Hélder Silva, 77'); Diogo, Hugo Cruz (Kiko, 45'), Nené e André Soares (Babanco, 63'); Bruninho e Jorge Leitão.
Suplentes não utilizados: Marco, Hernâni, Pardieiro e Hugo Monteiro.
Treinador - Henrique Nunes
Ao intervalo: 1-0
Marcador: 1-0 (Miguel Rosa, 22')
FC Arouca dominou toda a segunda parte mas não anulou golo decisivo de Miguel Rosa
No regresso ao Estádio do Restelo, o FC Arouca não conseguiu o resultado positivo (1-1) que aí alcançara há cerca de um mês para a Taça da Liga. Para isso também contribuiu um onze belenense renovado, onde Balu (a reforçar o meio-campo) e mais cinco novos homens virados para a frente de ataque (entre os quais Purovic, cedido pelo Sporting) deram uma dinâmica e uma experiência que não se vira até então. Henrique Nunes escalou um quarteto para o eixo do terreno, mas a solução Hugo Cruz (em vez do lesionado Edu Souza) não teve os efeitos desejáveis, até porque Diogo não podia acorrer a todos os fogos. Foi precisamente a partir desse território de acção, a que o FC Arouca tardou a dar resposta, que a equipa de Belém foi explorando e criando em doses crescentes jogadas de perigo, quase sempre conduzidas por Calé, sem que ninguém pusesse travão à liberdade de movimentos que lhe era constantemente concedida. Os primeiros dez minutos ainda manifestaram o equilíbrio, mas pouco a pouco os pupilos de Rui Gregório foram ganhando ascendente. Calé, sempre ele, galgou terreno e valeu a Pedro Soares o "chapéu" defeituoso, que saiu a rasar o poste. Estava-se no minuto catorze e minutos depois Miguel Rosa não perdoou, batendo o guardião arouquense, após um passe de morte protagonizado por Calè. A formação arouquense ia sentindo as dificuldades causadas pelo seu opositor e a Bruninho e Leitão chagava cada vez menos bola, pelo que o FC Arouca foi perdendo capacidade de atacar. Na lógica instalada, aos 29 minutos, Balu voltou a assustar a baliza arouquense. A tarde estava a ficar difícil para os visitantes, que desperdiçaram uma grande oportunidade (34 minutos) para empatar, quando Nené surge na zona da pequena área, cabeceando ao lado o esférico cruzado por André Soares. Aos 35 minutos foi novamente Calé a fugir pela ala esquerda (continuava nessa zona o "furo" do Arouca), anunciava-se o golo, mas o central William evitou-o com corte in extremis.
Chegava o intervalo de uma primeira parte muito sofrida pelo onze arouquense, que não conseguia a sua habitual consistência colectiva na hora de defender.
Henrique Nunes tardou a emendar a estratégia no primeiro tempo, mas resolveu o assunto ao intervalo, fazendo entrar Kiko para junto de William e Filipe Babo e mandando jogar mais subidos os laterais Steven e Paulinho. O bastante para o FC Arouca começar a mostrar melhor segurança e desenvoltura, enriquecida depois pela entrada do cabo-verdiano Babanco. Outra mexida de claro sinal mais para a formação arouquense, que foi encostando os belenenses às cordas e a muito trabalho defensivo. Agora travados pelo acerto das marcações e pela nova postura do FC Arouca, os homens de Belém só a espaços avançavam no terreno, mas sem consistência. Crescia o Arouca, obrigando a equipa da casa a ceder vários pontapés de canto e a recuar para perto da sua baliza. Sentia-se que o Arouca podia chegar ao golo do empate, e esteve perto de acontecer, fruto de nova alteração com a entrada do extremo Hélder Silva. Estava agora o Arouca com Bruninho na esquerda, Helder na direita e Leitão no meio. E foi Helder que aos 84 minutos se isolou, mas o guardião Adolfo evitou o empate. Belém jogava agora com o "coração nas mãos" e o golo do Arouca esteve por um fio no último minuto, com o esférico a pedir um toque final a um metro da baliza, mas o milagre salvou a equipa do Belenenses. Terminava assim um jogo em que o Belenenses podia ter saído justificadamente com outra vantagem para o intervalo, mas teve de se haver com um FC Arouca determinado e audaz no segundo tempo, quase conseguindo o empate. Henrique Nunes foi acertando em cheio nas alterações para melhor, ficando a pensar-se que poderiam ter sido mais precoces. Arbitragem globalmente em bom plano. Manuel Matos de Sousa (fotos: Victor Travassos)
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